domingo, fevereiro 21, 2016

SEM CHAPÕES: Coligações ameaçadas

DO DIÁRIO DE PERNAMBUCO

As mudanças eleitorais que começam a valer nas eleições deste ano têm despertado a atenção das lideranças partidárias. Ao diminuir em 25% o total de candidatos em coligações proporcionais, elas fazem crescer o poder das legendas medianas, grandes agregadoras de nomes capazes de fazer “cauda” para atingir o quociente eleitoral. Por outro lado, restringe apenas aos seis maiores partidos das coligações majoritárias o poder de acrescentar tempo ao guia de TV e rádio, pondo fim a um “mercado” que antes negociava qualquer 30 segundos.

Para as legendas que pretendem ter candidatos a prefeituras de grandes cidades, a saída deverá ser fechar o apoio com várias coligações menores, em vez de investir em um chapão único. Essa estratégia também é uma forma de colocar um “maior exército de cabos eleitorais na rua”. Siglas menores, porém, devem optar por sair sozinhas. Algumas também estudam lançar candidato próprio ao Executivo, não com o objetivo de ganhar o pleito, mas de dar visibilidade aos proporcionais que tiveram o espaço para propaganda reduzido.

“Grande parte das siglas, sobretudo as maiores, sempre propõe grandes coligações. Agora, para os partidos mais fortes, vai dificultar as engenharias feitas para contemplar os que orbitam no seu entorno”, declarou o vereador Gilberto Alves (PTN). “Essas mudanças vão tornar a disputa maior, mas também valorizam mais a legenda. Não tem muita vantagem de se coligar agora, exceto os que têm uma ligação direta com a majoritária como PT, PCdoB, PSB para fortalecer a campanha”, completou o vereador Eriberto Rafael (PTC). Tanto PTN quanto PTC devem dispensar as coligações.

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